"Essa infernal invenção da guerra aérea revolucionou nossa posição. Não somos mais o país que éramos(...) há apenas 20 anos(...) Não se trata mais de mera questão de o que gostamos ou não, de direitos e interesses. É uma questão de segurança e independência(...) Não consigo conceber como, na situação atual da Europa, possamos atrasar o estabelecimento de uma força aérea no mínimo tão forte quanto a de qualquer potência que possa nos alcançar,(...) Ter uma força aérea tão forte quanto a a da França ou da Alemanha, seja lá qual for a mais forte deveria ser uma causa abraçada pelo parlamento e proclamada pelo governo nacional."
Isto foi declarado numa época de grande tribulações internacionais em fevereiro de 1934, Wiston Churchil. num período pré guerra e no momento de transição em que John M. Keynes via sua teoria confrontada, para mais tarde desbancar a neoclássica e quase todos os governos capitalistas adotarem a teoria keynesiana. Quatro anos antes acontecia o crack, ou depressão econômica. Paises inteiros quebraram e fortunas inteiras se foram pelo ralo.
Hoje, em 2011, vem à tona grandes acontecimentos internacionais de guerra que envolvem interesses mercantilistas e de sobrevivência. Nós, brasileiros entramos numa zona da economia internacional de grande destaque com interferência nos mais distantes países. Somos, enfim, uma grande nação. Pleiteamos acento na OMC, e pleiteamos acento permanente na ONU.
Devemos refletir nas palavras de Wiston sobre "essas armas infernais de guerra". O Brasil definitivamente quer adquirir os aviões dos Estados Unidos, porém as palavras do ex-presidente Lula foram enfáticas quando disse que temos que ter uma nível de transferência tecnológica compatível com nossa soberania e grandeza. Quem dirá agora, depois de crescermos tanto. Desenvolveremos capacidade bélica quando? Não sabemos. A compra de aviões torna-se cada dia mais urgente, não para entrar em conflito, mas demarcarmos uma posição histórica em nossa trajetória na compra desse tipo equipamentos e na rota dos grandes industriais. Devido à repercussão desta licitação que pode incluir a aquisição posterior de mais aeronaves do mesmo modelo que vencer a concorrência, esta tem sido considerada a mais importante aquisição de aeronaves militares da década. A "compra da década" teria este peso pois muitos países que estavam para definir suas compras, adiaram suas decisões finais para esperar o anúncio do resultado final da decisão brasileira. Isto porque a aeronave que o Brasil comprar, ficará mais atraente em termos de preço, dada a economia em escala da produção de um número maior de unidades.
Francês US$ 70 a 80 milhões RAFALE C | Suécia US$ 50 a 60 milhões JAS-39A Gripen | EUA US$ 60 a 70 milhões FA/18 E/F Super Hornet |
As cinco áreas de avaliação são:
- Transferência de tecnologia;
- Domínio do sistema de armas pelo Brasil;
- Acordos de compensação e participação da indústria nacional (offset);
- Técnico-operacional; e
- Comercial.
As empresas que fizeram as propostas disseram que a transferência não seria irrestrita e que portanto levaria o governo brasileiro a reavaliar tais contratos.Como se trata de assunto estratégico e soberania, a complexidades desses contratos levam a uma morosidade que constrange qualquer tentativa de firmar uma data para que estas aeronaves pousem por aqui.
fonte: Churchull, A História Ilustrada; (Lewis, Brenda). wikipédia.
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