Tu és responsável por aquilo que cativas
Com uma diferença expressiva de 99 votos, a deputada federal Jaqueline Roriz, vai continuar sendo deputada. Isso porque em primeiro lugar, ela obteve votos suficientes pra se eleger e garantir sua cadeira no parlamento brasileiro. Ou seja, tem gente que vota em políticos por interesse próprio e por interesse deles, dos políticos, aliás muita gente. Os 265 votos que a deputada recebeu tem representatividade e legitimidade, portanto, o apoio e conivência é legal.
Mas ora amigos, não se trata de legalidade, se trata de moral. De valores esquecidos, valores achincalhadas, esculhambados. O esperto, o malandro, o jeitinho, o estelionatário, o colarinho branco, esses tem valor e respeito, em detrimento do honesto trabalhador. Não é a toa que tantos querem ser deputados. Que tantos querem meter a mão nas riquezas do país, travestidos de gestores e legisladores. É só assistir o CQC da band, para se ter a constatação dos mais de "300 picaretas" que se tem lá. Não é à toa que tantos palhaços, ex pugilistas, ex jogadores, ex- BBBs querem ser parlamentar, querem ser protegidos pelas mazelas e pelo escudo mais fétido das organizações instituídas, a impunidade. Lógico que existem as exceções, mas se tornam a cada dia tão exceções que podem ser dizimadas pela falta de escrúpulo da regra.
Na verdade quando os 265 deputados votaram pela liberação da J. Roriz, eles não votaram nela, votaram em si próprios, votaram pelas suas consciências. Sentimento de culpa. Se hoje é ela, amanhã pode ser eu. Se esquadrinhar, procurar ou investigar a vida pregressa dos deputados antes de atingirem a magnitude de intocáveis, protegidos pela escuridão do decoro parlamentar e pela imunidade, não sobraria mais de noventa e nove.
Vergonha, insanidade, luxuria regimental, esquizofrenia geral no parlamento.
Nem dá para avaliar se uma reforma política profunda seria a solução de nossos problemas, quanto mais uma faxina superficial e mediática. Pois, a corrupção, está tão enraízada nas pessoas que se dispõe a concorrer a uma vaga eletiva, que o melhor no momento, é se indignar.
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