Sobre a Crise: Que crise?
Muitos veem nesses momentos de desencontros, uma grande oportunidade para ficar calado, mas todo mundo vê a oportunidade para dar pitaco. Inclusive eu.
Muito bem amigos. Venho hoje escrever sobre um tema que muito tem me incomodado. Passei o dia refletindo sobre os noticiários que vejo, seja na tv, seja no rádio, seja nos jornais ou na internet.
Todos brasileiros, de uma maneira ou de outra sabem que a economia brasileira tem prosperado e tem conseguido feitos que "nunca antes na história desse país" havia conseguido. Entretanto, quero postar, hoje, uma reflexão sobre como os meios de comunicação tem imposto o mesmo pânico que tem tomado conta dos mercados financeiros mundial, na sociedade de maneira a sugestionar uma entrada de todos nessa quase esquizofrenia e ou histeria. Tenho a impressão que a ditadura do "saber econômico" tomou de conta das ruas e das conversas cotidianas, pois todos discutem e sabem as regras e teoria da economia moderna, seja nas finanças pessoais, seja nas públicas e de mercados.
Sou uma apaixonado por economia e finanças. Mas o que há de pressão de forma camuflada dos mercados para inserir na sociedade uma discussão capitalista sem fim é quase uma coqueluche, para não dizer, um modismo desenfreado que faz da usura capitalista uma essência enlouquecida para devagar sobre números qualitativos e quantitativos ou sonhos quase impossíveis para boa parcela da população brasileira.É bem verdade que a mobilidade social tem se tornado real para alguns poucos. Ontem mesmo, ouvia na CBN dados divulgados pelo IBGE de que dois milhões de brasileiros ainda estão na completa miséria. Ora a minha reflexão que revelei acima tem razão de existir, quando vemos uma vala entre os mais abastados e aqueles que não tem ideia do que sejam mercado de capitais ou bolsa de valores, talvez agora sim, mesmo sem ter como participar do debate de forma direta esses dois milhões de brasileiros saibam como aplicar e manipular um home broker sem nem um real furado.
Sabemos dos mecanismos existentes e dos parâmetros que levam um país ao desenvolvimento, mas sabemos também que os sistemas que administram o capitalismo vivem um hiato cada vez maior no ciclo de sua existência. Pode-se observar claramente o ocorrido nos países do velho continente e nos países da ásia que não vingaram de forma definitiva o conceito clássico de capitalismo. Indico China, Índia e Coréias.
Enfim, quando vejo o maior especulador/investidor americano (B. Buffet) querendo que os impostos dos ricos sejam aumentados é porque torna-se necessário pensar onde e quando foi que houve um desequilíbrio nas margens de lucro,para cima, dos milionários que hoje tem o controle de toda a situação.
Não estou inferindo que tais milionários sejam responsáveis pelo desequilibrio socio-econômico mundial. Pelo contrário, são estes os grandes responsáveis por um mundo que passou pelo subdesenvolvimento e que agora atinge a ante sala do desenvolvimento. Com sua ousadia no empreendedorismo e coragem em grandes empreitadas comerciais.
O que quero expressar é que há sem sombras de dúvidas, uma situação no capitalismo que precisa ser revista, seja no conteúdo de suas teorias, seja na forma em que está distribuída pelo mundo.
Mas de qualquer forma o que se vê é uma sorriso largo nas senhoras comprando muito à vontade sapatos dos mais variados preços e marcas nos shopings centers e nos homens de todas as idades nas concessionárias comprando seus carros novos de todas as marcas possíveis e inimagináveis.
As nossa autoridades governamentais nos passam muita segurança quando dizem que o Brasil está preparado para enfrentar mais esta crise. Correto, mas por quantos anos estaremos preparados?
Até quando o sistema capitalista irá suprir todas as necessidades sem que haja crise?
Outros podem escrever que essa massa de informação é necessária e são os frutos da democracia. Que seja, afinal todos nós queremos ter dinheiro e estar bem informados exercendo o direito de voto, voz e expressando todo e qualquer pensamento. Mas, o complicado é ver quanta gente ainda tem aspirado ser um milionário e nem sequer sabe se sobreviverá a mais elevada taxa de juros do mundo e a um cartão de crédito que tem escravizado àqueles que utilizam desenfreadamente um pedaço de plástico como uma válvula de escape para suas frustrações e decepções diante dos objetivos freudianos que contaminam as compras do dia a dia.
.O Brasil tem jeito, o mundo tem jeito. O jeito é o dinheiro que vai dá.
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