Pular para o conteúdo principal

DIRETO DA FOLHA DE S.PAULO

Mantega diz que junho foi o "ponto de virada" da indústria
Publicidade
MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA

Atualizado às 12h57.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que junho foi um mês de "virada" da indústria e que o setor terá resultados melhores nos próximos meses.
Produção industrial para de cair em junho, mas fecha semestre no negativo
Queda na produção de maquinário freou crescimento da indústria em junho
Nesta manhã, o IBGE divulgou que a produção do setor cresceu 0,2% no mês passado ante maio, resultado bem abaixo do que previam os economistas. A mediana das apostas era de uma alta de 0,8%.
"Agora é um momento de inflexão. Depois de vários resultados negativos, por vários meses consecutivos, eu vejo que agora é um ponto de virada. Daqui para frente nós vamos ter resultados melhores", disse Mantega.
No ano, a produção industrial acumula queda de 3,8% até junho, ante o primeiro semestre de 2011.
Na comparação com o mesmo mês de 2011, foi registrado um recuo de 5,5%, décimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2009 (-7,6%).
Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, afirmou que as medidas econômicas adotadas para fortalecer a indústria e para enfrentar os efeitos da crise econômica internacional podem demorar para fazer efeito, mas garantiu que o resultado deste semestre será muito melhor que o obtido no primeiro.
Pimentel garantiu, no entanto, que a equipe está otimista para a retomada do crescimento do país no segundo semestre deste ano.
SETORES
De maio para junho, 12 dos 27 ramos investigados registraram avanço na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3%).
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,3%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3%).
Recuaram os setores de borracha e plástico (-5,7%), indústrias extrativas (-2,2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-10,9%), edição, impressão e reprodução de gravações (-2,6%), minerais não metálicos (-2,4%), alimentos (-0,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%) e produtos de metal (-2%).
Na comparação com junho de 2011, 19 dos 27 setores registraram queda na produção. Mas o IBGE faz uma ressalva de que neste ano, o mês teve 20 dias, teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior.
Com destaque para a queda do setor estímulos automotores, que recuou 17,9%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para ônibus e caminhões, veículos para transporte de mercadorias, motores diesel para caminhões e ônibus e autopeças.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de alimentos (-9,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-22%), metalurgia básica (-6,5%), máquinas e equipamentos (-5,1%), borracha e plástico (-8,7%), edição, impressão e reprodução de gravações (-8,1%), fumo (-22,6%), minerais não metálicos (-6,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,9%).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTAS FISCAIS DA NET PUB TEM CARIMBOS DIFERENTES EM OUTROS GABINETES

Filipe Nogueira Coimbra, ex-servidor do gabinete da deputada Sandra Faraj e proprietário da NetPub, nega que tenha atestado o recebimento na última nota fiscal, que emitiu durante contrato de prestação de serviços com a parlamentar. Segundo ele, o carimbo não confere com o modelo utilizado pela empresa, nem mesmo a assinatura. Mas documentos similares, aos quais o blog teve acesso, mostram que a prática é comum entre seus clientes. Um deles foi emitido em janeiro deste ano, a um deputado federal de São Paulo, observem que a assinatura é bem diferente daquelas que Filipe aponta como original e,  carimbo utilizado apenas o ateste de PAGO. Filipe precisa esclarecer também porque trabalhou por quase dois anos no gabinete da parlamentar e só agora, após a exoneração, tirou da gaveta a suposta cobrança dos valores. A ligação de Filipe e o ex-chefe de gabinete, Manoel Carneiro, também deve ser desvendada, ainda mais agora depois que o Correio Braziliense revelou vídeo que flagrou

Monopólio Artificial e Monopólio Natural, você sabe qual a diferença?

Hamilton Silva é jornalista e economista O monopólio natural  Um monopólio pode ser natural ou artificial.  No primeiro caso, o monopólio é consequência de que é o monopolista que melhor oferta o valor – um bem ou serviço – naquele contexto. O monopólio natural não conta com nenhuma barreira protetora ou privilégio; é simplesmente a melhor das possibilidades disponíveis no momento. Isto é, dadas às circunstâncias, qualquer um pode tentar competir diretamente com o monopolista, mas enquanto não ocorre isso é ele quem melhor satisfaz as necessidades dos consumidores, dadas as alternativas.  Se certo cirurgião é o único cirurgião no mundo que realiza o transplante de um determinado órgão vital, ele detém o monopólio desta habilidade. Do mesmo modo, outros valores cuja oferta é naturalmente restrita são monopólios naturais.  Se um monopólio natural traz ao monopolista benefícios especialmente grandes, estes benefícios chamarão a atenção da sociedade, que canaliza

ECONOMIA E A LEI DA ESCASSEZ

Introdução Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física - a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de fato produzida. Nem importaria que os recursos disponíveis: trabalho, terra e capital (este deve ser entendido como máquinas, edifícios, matérias-primas etc.) fossem combinados irracionalmente para produção de bens. Não havendo o problema da escassez, não faz sentido se falar em desperdício ou em uso irracional dos recursos e na realidade só existiriam os "bens livres". Bastaria fazer um pedido e, pronto, um carro apareceria de graça. Na realidade, ocorre que a escassez dos recursos disponíveis acaba por gerar a escassez dos bens - chamados "bens econômicos". Por exemplo: as