Mantega diz que junho foi o "ponto de virada" da indústria
Produção industrial para de cair em junho, mas fecha semestre no negativo
Queda na produção de maquinário freou crescimento da indústria em junho
Nesta manhã, o IBGE divulgou que a produção do setor cresceu 0,2% no mês passado ante maio, resultado bem abaixo do que previam os economistas. A mediana das apostas era de uma alta de 0,8%.
"Agora é um momento de inflexão. Depois de vários resultados negativos, por vários meses consecutivos, eu vejo que agora é um ponto de virada. Daqui para frente nós vamos ter resultados melhores", disse Mantega.
No ano, a produção industrial acumula queda de 3,8% até junho, ante o primeiro semestre de 2011.
Na comparação com o mesmo mês de 2011, foi registrado um recuo de 5,5%, décimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2009 (-7,6%).
Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, afirmou que as medidas econômicas adotadas para fortalecer a indústria e para enfrentar os efeitos da crise econômica internacional podem demorar para fazer efeito, mas garantiu que o resultado deste semestre será muito melhor que o obtido no primeiro.
Pimentel garantiu, no entanto, que a equipe está otimista para a retomada do crescimento do país no segundo semestre deste ano.
SETORES
De maio para junho, 12 dos 27 ramos investigados registraram avanço na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3%).
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,3%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3%).
Recuaram os setores de borracha e plástico (-5,7%), indústrias extrativas (-2,2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-10,9%), edição, impressão e reprodução de gravações (-2,6%), minerais não metálicos (-2,4%), alimentos (-0,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%) e produtos de metal (-2%).
Na comparação com junho de 2011, 19 dos 27 setores registraram queda na produção. Mas o IBGE faz uma ressalva de que neste ano, o mês teve 20 dias, teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior.
Com destaque para a queda do setor estímulos automotores, que recuou 17,9%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para ônibus e caminhões, veículos para transporte de mercadorias, motores diesel para caminhões e ônibus e autopeças.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de alimentos (-9,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-22%), metalurgia básica (-6,5%), máquinas e equipamentos (-5,1%), borracha e plástico (-8,7%), edição, impressão e reprodução de gravações (-8,1%), fumo (-22,6%), minerais não metálicos (-6,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,9%).
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MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Atualizado às 12h57.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que junho foi um mês de "virada" da indústria e que o setor terá resultados melhores nos próximos meses. Produção industrial para de cair em junho, mas fecha semestre no negativo
Queda na produção de maquinário freou crescimento da indústria em junho
Nesta manhã, o IBGE divulgou que a produção do setor cresceu 0,2% no mês passado ante maio, resultado bem abaixo do que previam os economistas. A mediana das apostas era de uma alta de 0,8%.
"Agora é um momento de inflexão. Depois de vários resultados negativos, por vários meses consecutivos, eu vejo que agora é um ponto de virada. Daqui para frente nós vamos ter resultados melhores", disse Mantega.
No ano, a produção industrial acumula queda de 3,8% até junho, ante o primeiro semestre de 2011.
Na comparação com o mesmo mês de 2011, foi registrado um recuo de 5,5%, décimo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde setembro de 2009 (-7,6%).
Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, afirmou que as medidas econômicas adotadas para fortalecer a indústria e para enfrentar os efeitos da crise econômica internacional podem demorar para fazer efeito, mas garantiu que o resultado deste semestre será muito melhor que o obtido no primeiro.
Pimentel garantiu, no entanto, que a equipe está otimista para a retomada do crescimento do país no segundo semestre deste ano.
SETORES
De maio para junho, 12 dos 27 ramos investigados registraram avanço na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3%).
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,3%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3%).
Recuaram os setores de borracha e plástico (-5,7%), indústrias extrativas (-2,2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-10,9%), edição, impressão e reprodução de gravações (-2,6%), minerais não metálicos (-2,4%), alimentos (-0,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%) e produtos de metal (-2%).
Na comparação com junho de 2011, 19 dos 27 setores registraram queda na produção. Mas o IBGE faz uma ressalva de que neste ano, o mês teve 20 dias, teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior.
Com destaque para a queda do setor estímulos automotores, que recuou 17,9%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para ônibus e caminhões, veículos para transporte de mercadorias, motores diesel para caminhões e ônibus e autopeças.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de alimentos (-9,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-22%), metalurgia básica (-6,5%), máquinas e equipamentos (-5,1%), borracha e plástico (-8,7%), edição, impressão e reprodução de gravações (-8,1%), fumo (-22,6%), minerais não metálicos (-6,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,9%).
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