Indo direto ao assunto. Já escrevi aqui bem no início do Blog sobre essa maldita ferramenta especulativa que assolou os nossos créditos.
Ao que tudo indica, e resguardando as devidas proporções a bancarrota que atingiu o Estados Unidos no fim da década passada e que levou dezenas de nações a sucessiva crises, está se desenhando mais rapidamente aqui no Brasil. Em estudo recente o professor e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Adolfo Sachsida afirmou: “O fato de os juros serem menores aqui significa que os estragos de uma futura bolha serão menores, mas não exclui a possibilidade de ocorrer este fenômeno no atual cenário que o Brasil está”.
A possibilidade concreta de existência de uma bolha está sendo pesquisada pelo IPEA que tem como liderança o sr.Mário Mendonça.
A catástrofe é iminente diz o pesquisador do IPEA, Adolfo Sachsida, porque a facilitação no fornecimento, pelo governo, de financiamentos no formato em que está sendo feito pode levar ao caos.Os aumentos dos preços nas principais capitais do País levam a essa certeza, mas os estudos irão continuar sinalizando para uma crise jamais vista no Brasil.
Outro problema da grande oferta de crédito é a situação das taxas de juros no Brasil e no exterior. Sachsida diz que os juros nos EUA e na Europa nunca foram tão baixos, mas essa situação não deve durar por muito tempo. Quando as taxas subirem lá fora, o Brasil será obrigado a elevar os juros cobrados aqui, prejudicando quem pegou empréstimos pós-fixados para garantir o imóvel, que, segundo ele, é a “esmagadora maioria”.
A solução, para Sachsida, é que o governo reduza os impostos para que o poder de compra do brasileiro aumente e ele não precise recorrer tanto ao crédito: “Quando o governo joga um rio de crédito, a demanda vai para cima e como a oferta de imóveis não a acompanha, o resultado é a elevação dos preços”. Mas de acordo com ele, a culpa não é das construtoras, pois elas só estão respondendo aos estímulos do mercado.
Preocupe-se se está em busca de imóvel para compra. Atenção aos movimentos do mercado mais especulativo do Brasil. Não tenha pudor em adiar ou não comprar. A cultura da casa própria pode esperar quando se trata de um novo Brasil.
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