Vivi, por muitos anos, envolvido efetivamente na política em todos os níveis, mas as circunstâncias pessoais e profissionais me levaram a me afastar da militância de forma definitiva daquela que era a paixão que tomou minha vida desde adolescência.
Hoje sou privilegiado, pois assisto distante aquilo que, no primeiro momento é algo imprevisível, mas este jogo tem demonstrado no ciclo da existência brasileira, como sendo algo necessário e algo reflexivo do caráter do ser humano, componente da sociedade formadora dos conceitos e opiniões, ou seja, previsível. Veremos domingo, Haddad ganhando a prefeitura de São Paulo e o “carlismo” em Salvador.
A lei é a seguinte: em São Paulo o governo federal vai vir com todo seu aparato intelectual e financeiro. Na Bahia o carioca Wagner é simpático, mas a ingerência em muitos casos da administração local não deve prevalecer teve dificuldade em colocar nos trilhos o metrô, por exemplo. O Saudosismo, e o “sangue novo” de ACM Neto deve prevalecer, apesar do “peso” do Palácio do Planalto.
O que quero dizer é que as pessoas que hoje concorrem a um cargo eletivo são seres humanos sensíveis e com possibilidades reais de serem corrompidos.
Pela vaidade pessoal e pelo segmento social que representam todos eles sem exceção gostariam de acertar. Porém nem todos farão isto. O que pode ser um diferencial na administração dos novos eleitos é o caráter pessoal. Por isso às vezes, a competência e os títulos que esse cidadão possui não influencia a decisão do eleitor. Mas sim a forma como esse candidato tem vivido e tratado o “público” nos últimos tempos.
É a vaidade pessoal e o interesse nebuloso que impede a tomada de decisões imparciais que leva o prefeito ao erro. Seja estratégico seja tático. É esse mesmo tipo de erro que leva o eleitor a errar quando vota. Não pensa no coletivo, não pensa no tempo em que esse prefeito vai ficar no seu município governando, pensa exclusivamente em interesses pessoais no poder de barganha que terá se fulano for eleito. Não tenho como mensurar o desenvolvimento dos eleitores, mas creio que o brasileiro tem consciência da estirpe de muitos candidatos que se dispõe a representa-lo.
Na abertura democrática tínhamos a desculpa de não termos experiência com o voto, argumento vencido pelo tempo. Então o que se coloca hoje é o caráter e a essência motivadora do erro, seja nas alianças de composição e estratégia da campanha, seja no formato adotado pelo político depois de eleito.
Um tema “batido” e de uma retórica incrível, a Educação é o cerne é o ponto nevrálgico é a fonte inspiradora do acerto. Conclusão já aceita pelas autoridades legislativas e executivas como sendo a única forma definitiva de criar uma nação justa e mais igualitária(menos currupção).
Por fim, não dá para encarar um embate sangrento uma guerra , como se tem visto nos jornais e redes sociais, e não sair sem nenhum ferimento de morte ou sem nenhuma cicatriz. Mas a pergunta que não quer calar. O QUE LEVA UM SER HUMANO INVESTIR TANTO TEMPO E DINHEIRO NUMA BATALHA TÃO VIOLENTA, SE GOVERNAR UM MUNICÍPIO E TÃO DIFÍCIL E EM MUITOS CASOS TÃO INGRATO? Tenho a certeza de que vale a pena lutar essa batalha. Se não valesse não teríamos tão competentes e influentes pessoas interessadas em estar destacadas no meio de milhares de candidatos.
Adquirir o título de autoridade (prefeito) é só um detalhe. Ter poder é tudo para quem não tem escrúpulos.
Saber escolher, estudar os candidatos, não votar em partido, votar em pessoas e ter conhecimento da lei eleitoral é o mínimo que o eleitor deveria saber. Papel do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ou do TRE (Tribunal do Regional Eleitoral)?
O fato é que só fazendo, praticando, errando é que o brasileiro vai chegar em um nível de excelência e mandando para o executivo local pessoas com um caráter melhor e mais envolvidos na mudança definitiva da sociedade local. Acredite meu amigo.
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