Do total arrecadado, 72% vêm de doações. A maior parte do dinheiro está aplicada em poupança, imóveis e CDBs. Se as instituições fossem uma empresa, ocupariam, juntas, o 18º lugar no ranking nacional “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” Lc 16, 13 “Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro” I Tom 6,10 A relação das religiões cristãs com o dinheiro, ao menos abertamente, nunca se deu de maneira confortável. Antes de a chamada teologia da prosperidade apresentar aos fiéis a ideia de que graça divina e riqueza são diretamente proporcionais, o tema só aparecia nos sermões se fosse para ser abominado. Os primeiros padres definiam o dinheiro, ainda nos idos dos anos 200, como “excremento do diabo”, sempre associado à vaidade e ao orgulho, pecados mortais capitais. O fato de os assuntos financeiros figurarem na lista dos mais sensíveis para os líderes de igrejas, porém, não impediu que, ao longo da história, as religiões cristãs acumulassem um patrimônio bilionár