Pular para o conteúdo principal

Crise no Brasil

Infelizmente os remédios adotados (cortes de gastos e redução de investimentos, por exemplo) ,são amargos. Parece que estamos pouco a pouco entrando em um círculo vicioso de más notícias, geradas pela queda da atividade que leva à redução de postos de trabalho e de consumo, e esta, por sua vez, diminui a atividade ECONÔMICA.

De fato um diagnóstico rápido da crise econômica brasileira atual aponta para a desaceleração, uma vez que o equilíbrio tênue de nossas contas externas e as medidas para garantir o fluxo de recursos financeiros diante da crise de liquidez deixam pouco espaço para manobras da equipe econômica. Não podemos esquecer que os conflitos políticos contribuem.


Porém, o que se impõe como alternativa de uma recessão anunciada desde 1982 pela estagnação da produção industrial, certamente não é a continuidade da política de austeridade com aumento de impostos e de juros, desemprego e inflação. Antes é preciso deter o processo recessivo.

Isso passa por ações pragmáticas como o ajustamento das contas externas, que geraria condições para a recuperação interna com planejamento de médio e longo prazo, juros menores, retorno de investimento, geração de postos de trabalho e do consumo, com inflação sob controle.

Assim como Keynes enxergou na crise de 1929, agora também precisamos de soluções positivas para a recuperação econômica, as quais não estão no alcance das empresas, mas podem ser desenvolvidas no bojo de políticas industriais de fomento da atividade produtiva, do emprego e da renda.

Com essas soluções restauraríamos a confiança e o otimismo do mercado, fermento para o desenvolvimento econômico de qualquer país. O papel do setor público deve ser o de garantir investimentos, remanejando gastos em custeio e subsídios, com foco na redução dos déficits orçamentários.

Convivemos com uma imensa capacidade ociosa que poderia ser explorada com a intensificação dos esforços de substituição de importações e de acordos bilaterais, práticas que também têm sua reconhecida eficácia. Em resumo, é preciso que o governo atue. O Brasil não pode parar.

Postagens mais visitadas deste blog

NOTAS FISCAIS DA NET PUB TEM CARIMBOS DIFERENTES EM OUTROS GABINETES

Filipe Nogueira Coimbra, ex-servidor do gabinete da deputada Sandra Faraj e proprietário da NetPub, nega que tenha atestado o recebimento na última nota fiscal, que emitiu durante contrato de prestação de serviços com a parlamentar. Segundo ele, o carimbo não confere com o modelo utilizado pela empresa, nem mesmo a assinatura. Mas documentos similares, aos quais o blog teve acesso, mostram que a prática é comum entre seus clientes. Um deles foi emitido em janeiro deste ano, a um deputado federal de São Paulo, observem que a assinatura é bem diferente daquelas que Filipe aponta como original e,  carimbo utilizado apenas o ateste de PAGO. Filipe precisa esclarecer também porque trabalhou por quase dois anos no gabinete da parlamentar e só agora, após a exoneração, tirou da gaveta a suposta cobrança dos valores. A ligação de Filipe e o ex-chefe de gabinete, Manoel Carneiro, também deve ser desvendada, ainda mais agora depois que o Correio Braziliense revelou vídeo que flagrou

ECONOMIA E A LEI DA ESCASSEZ

Introdução Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física - a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de fato produzida. Nem importaria que os recursos disponíveis: trabalho, terra e capital (este deve ser entendido como máquinas, edifícios, matérias-primas etc.) fossem combinados irracionalmente para produção de bens. Não havendo o problema da escassez, não faz sentido se falar em desperdício ou em uso irracional dos recursos e na realidade só existiriam os "bens livres". Bastaria fazer um pedido e, pronto, um carro apareceria de graça. Na realidade, ocorre que a escassez dos recursos disponíveis acaba por gerar a escassez dos bens - chamados "bens econômicos". Por exemplo: as 

Monopólio Artificial e Monopólio Natural, você sabe qual a diferença?

Hamilton Silva é jornalista e economista O monopólio natural  Um monopólio pode ser natural ou artificial.  No primeiro caso, o monopólio é consequência de que é o monopolista que melhor oferta o valor – um bem ou serviço – naquele contexto. O monopólio natural não conta com nenhuma barreira protetora ou privilégio; é simplesmente a melhor das possibilidades disponíveis no momento. Isto é, dadas às circunstâncias, qualquer um pode tentar competir diretamente com o monopolista, mas enquanto não ocorre isso é ele quem melhor satisfaz as necessidades dos consumidores, dadas as alternativas.  Se certo cirurgião é o único cirurgião no mundo que realiza o transplante de um determinado órgão vital, ele detém o monopólio desta habilidade. Do mesmo modo, outros valores cuja oferta é naturalmente restrita são monopólios naturais.  Se um monopólio natural traz ao monopolista benefícios especialmente grandes, estes benefícios chamarão a atenção da sociedade, que canaliza