Não sou eleitor da presidente da Câmara Legislativa do DF, mas sou cidadão e observador político de longa data.
Há muitos anos atrás, meados de 1992 presenciei um deputado federal bahiano, hoje ministro influente do governo federal, pegar uma carona em jatinho particular de empresário, diga-se de passagem, carlista de muita influência nos meios de comunicação. O deputado que receava pegar carona, muito cuidadoso requisitou inúmeras opiniões antes de adentrar aquele luxuoso meio de transporte, não por luxo, mas por necessidade, já que os vôos de carreira não atendiam os horários do hoje famoso ministro petista. Sem falar que naquela época os petistas queriam se enturmar junto à elite.
Ora o nosso caso, aqui em Brasília, não me parece muito diferente somente no quesito das consultas que deveriam ser mais cuidadosas, já que a deputada em questão tem toda assessoria disponível, inclusive das de cunho moral e espiritual, para não tomar uma decisão tão esdrúxula como a que tomou. Se algo mais está por detrás desses relacionamentos, virá à tona. "Não há nada oculto que não venha a ser revelado, e nada escondido que não venha a ser conhecido e trazido à luz. Portanto, considerem atentamente como vocês estão ouvindo. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será tirado" (Lc 8:17-18).
"Ser prudente e manso" não está na pauta das pessoas que exercem o poder, mas é pauta urgente daqueles tementes à sua fé. Ou pelo menos evitar a companhia de agentes corruptores deveria ser a meta de muitos políticos locais e nacionais, por isso não vejo nada demais. Afinal já colocamos todos no mesmo saco.
Quanto ser vaiada ou não, também não significa nada, afinal eu presenciei a mesma deputada sendo vaiada em um de seus redutos poucos antes de ser eleita, depois de seu mentor a exalta-la como governadora, vai entender.