GA previsibilidade, fator determinante para os investidores decidirem se investem ou não no Brasil já não existe desde o ano de 2014. Estamos no fim do trimestre de 2016 e a situação econômica agoniza diante de tantas incertezas. O que vemos é o ineditismo que pode nos levar além do "fundo do poço", com dois governos operando a confusão e o conflito de interesses prevalece mesmo com a polícia batendo na porta de muitos.
Um dos governos em operação, o de Dilma, faz um verdadeiro fim de festa, praticando de forma definitiva o quanto pior melhor. Afinal não há esperança nos recursos políticos disponíveis para reversão do quadro político e possivelmente Dilma Rousseff será afastada. Hostiliza um futuro governo Temer e desqualifica qualquer um que ouse ser a favor do impeachment. O governo que opera no paralelo, o de Temer, utiliza dos métodos convencionais para barganhar a tão preciosa confiança e já não assume os cortes de ministérios tão necessário para construção da confiança e para limitação de gastos.
O desespero de muitos empresários frente à iminente falência leva ao Futuro governo de Michel Temer a ter um carimbo com data de validade, porém esses mesmos empresários se movimentam positivamente e fornecem elementos de confiança ao possível governo do PMDB, afinal qualquer um seria melhor que o imobilismo instalado no governo da presidente Dilma.
Todos os indicadores sinalizam para uma estagnação econômica até o último trimestre de 2016, mas sendo otimista, muito otimista mesmo, podemos ficar no zero a zero nos meses de outubro, novembro e dezembro, com leve aquecimento no crédito e algum clima positivo causado pela saída de Dilma e entrada de novos agentes políticos. O tempo é curto e a conjuntura exige perícia técnica sugerindo pouca margem para paliativos.
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