Empresas de Brasília usam técnica de rodízio, mais conhecida como job rotation, para desenvolver membros em diversas áreas
No mundo das inovações rápidas e da criatividade, muitas técnicas
tornam-se ultrapassadas em um piscar de olhos. A linha de produção de
Henry Ford, embora importante no século XX para melhorar a dinâmica de
produtividade e muito utilizada até hoje em determinados modelos, não
está nos livros de história à toa. De acordo com profissionais de
Recursos Humanos, hoje as empresas mais modernas percebem que o modelo
de “especialistas”, no qual as pessoas entram e se aposentam na mesma
função, pode não ser a melhor forma de fazer empresa e funcionários
crescerem. Sair da zona de conforto e aprender o trabalho das outras
áreas, técnica chamada de job rotation, é a solução encontrada por algumas organizações para ampliar a visão dos membros e desenvolver senso de dono.
O método é utilizado, principalmente, nos períodos de treinamento como forma de preparar os futuros gestores. Na Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), por exemplo, com os programas trainee e talento, é possível construir um currículo rico em atividades sem sair da empresa. O talento treina durante três meses e depois é alocado em um cargo, enquanto o trainee é alocado depois de 12 meses e, nesse período, tem a oportunidade de mudar de área e de função durante certos períodos de tempo, passando, por exemplo, por vendas, logística e pela fábrica localizada nos Estados Unidos.
Na companhia, essas trocas visam fazer o membro identificar em qual área ele mais vai se destacar para trabalhar quando for alocado. De acordo com Illana Kern, gerente de Gente e Gestão da Ambev em Brasília, a pessoa que passa por todas as áreas tem uma compreensão macro do negócio, desenvolve uma visão mais holística e tem respaldo para contribuir com o atingimento de metas da companhia.
A Domani, empresa júnior de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, aplica o job rotation no período trainee para preparar os membros e desenvolver a proatividade e o senso de dono do empresário júnior. A rotação funciona em ciclos de duas semanas em duas áreas que se relacionam e as demandas são projetos relacionados às áreas. No final do período de treinamento, o trainee é alocado na área na qual foi mais habilidoso. A diretora de Gestão de Pessoas, Sarah Cruz, garante que esse modelo fez diferença por proporcionar aos membros o entendimento da empresa como um todo. “Quando você dá esse embasamento para todas as pessoas que estão entrando, elas se desenvolvem muito melhor depois. Além disso, elas também conseguem ter um desenvolvimento maior de habilidades para estágio e emprego”, explica Sarah.
Apesar das vantagens, o job rotation não é bem aceito por todos os profissionais. Emmily Mathias, diretora da INSIGHT-Recursos Humanos, alerta que algumas pessoas se sentem inseguras por não dominar outra área e não querer se expor. Por isso, as empresas mais modernas adotam a metodologia com mais facilidade do que aquelas nas quais as pessoas já fizeram carreira em determinada área. De acordo com ela, é essencial planejar. “O processo tem que ser muito bem estruturado com acompanhamento para não ocorrer queda de rendimento e gerar descontinuidade na empresa.” A prática também é importante para os membros aprenderem como a empresa funciona e, ao mesmo tempo, para a empresa observar quem tem o melhor desempenho em qual área. Emmily explica porque é um processo importante de aprendizado para o funcionário: “a pessoa que já passou por áreas e processos diferentes tem uma visão melhor de resultados, então ela passa a ser mais valorizada no mercado por ter competências mais desenvolvidas do que aqueles que passaram a vida inteira fazendo uma coisa só.”
Fonte: Tendências e Negócios
O método é utilizado, principalmente, nos períodos de treinamento como forma de preparar os futuros gestores. Na Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), por exemplo, com os programas trainee e talento, é possível construir um currículo rico em atividades sem sair da empresa. O talento treina durante três meses e depois é alocado em um cargo, enquanto o trainee é alocado depois de 12 meses e, nesse período, tem a oportunidade de mudar de área e de função durante certos períodos de tempo, passando, por exemplo, por vendas, logística e pela fábrica localizada nos Estados Unidos.
Na companhia, essas trocas visam fazer o membro identificar em qual área ele mais vai se destacar para trabalhar quando for alocado. De acordo com Illana Kern, gerente de Gente e Gestão da Ambev em Brasília, a pessoa que passa por todas as áreas tem uma compreensão macro do negócio, desenvolve uma visão mais holística e tem respaldo para contribuir com o atingimento de metas da companhia.
A Domani, empresa júnior de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, aplica o job rotation no período trainee para preparar os membros e desenvolver a proatividade e o senso de dono do empresário júnior. A rotação funciona em ciclos de duas semanas em duas áreas que se relacionam e as demandas são projetos relacionados às áreas. No final do período de treinamento, o trainee é alocado na área na qual foi mais habilidoso. A diretora de Gestão de Pessoas, Sarah Cruz, garante que esse modelo fez diferença por proporcionar aos membros o entendimento da empresa como um todo. “Quando você dá esse embasamento para todas as pessoas que estão entrando, elas se desenvolvem muito melhor depois. Além disso, elas também conseguem ter um desenvolvimento maior de habilidades para estágio e emprego”, explica Sarah.
Apesar das vantagens, o job rotation não é bem aceito por todos os profissionais. Emmily Mathias, diretora da INSIGHT-Recursos Humanos, alerta que algumas pessoas se sentem inseguras por não dominar outra área e não querer se expor. Por isso, as empresas mais modernas adotam a metodologia com mais facilidade do que aquelas nas quais as pessoas já fizeram carreira em determinada área. De acordo com ela, é essencial planejar. “O processo tem que ser muito bem estruturado com acompanhamento para não ocorrer queda de rendimento e gerar descontinuidade na empresa.” A prática também é importante para os membros aprenderem como a empresa funciona e, ao mesmo tempo, para a empresa observar quem tem o melhor desempenho em qual área. Emmily explica porque é um processo importante de aprendizado para o funcionário: “a pessoa que já passou por áreas e processos diferentes tem uma visão melhor de resultados, então ela passa a ser mais valorizada no mercado por ter competências mais desenvolvidas do que aqueles que passaram a vida inteira fazendo uma coisa só.”
Fonte: Tendências e Negócios
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