Atualmente, com o desvirtuamento da sua aplicabilidade, a terceirização, quando foge dos serviços básicos onde a realização de um concurso público não se justificaria, feita de forma indiscriminada e para funções similares as dos agentes públicos concursados, causa, além da ausência de isonomia salarial, de carga horária e condições de trabalho, uma competição exacerbada uma vez que um terceirizado ganha um salário infinitamente menor que um concursado para desempenhar as mesmas funções.
Nada contra os terceirizados, ao contrário, foi uma saída inteligente para a contratação de serviços que não justificam nos dias atuais a realização de um certame para a aquisição desse tipo de serviço.
O seu desvirtuamento, ou seja, a sua aplicabilidade para serviços técnicos em áreas estratégicas é que causa uma gama de problemas que vão desde a subcontratação de mão de obra barata para a realização de tarefas que deveriam ser realizadas sim por servidores de carreira até o acirramento das relações de trabalho numa competição sem sentido ou culpa já que vai contra os trabalhador, tanto concursado quanto terceirizado que, na contramão da sua valorização, vê por terra o que deveria ser de fato resgatado: a valorização das instituições que somente através da realização de concursos públicos pode ser almejada.
A defesa de um serviço público de qualidade está sem dúvida na realização de concursos públicos em que são colocados aqueles que foram escolhidos por serem os mais bem preparados e que ingressaram na carreira por méritos próprios, enfim, por servidores de carreira que irão de fato vestir a camisa da sua instituição e a adotarem com sua Casa.
Walesca Borges
Analista Legislativo
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