Levantamento mostra que bancos comerciais desembolsaram 91% dos recursos do Programa de Sustentação do Investimento, ou R$ 327 bilhões, e ficaram com a maior fatia dos ganhos com as operações
Os bancos comerciais concentraram os
lucros do maior programa de crédito público subsidiado já feito no País,
o Programa de Sustentação do Investimento, conhecido como PSI. A
instituição que liderava o programa, o BNDES, Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, teve papel marginal na concessão do
crédito.
Os bancos comerciais repassaram R$ 327
bilhões de recursos do Tesouro Nacional e ficaram com mais de R$ 8
bilhões do total de R$ 10 bilhões em spreads que foram gerados pelas
operações. O BNDES, enquanto isso, ficou com menos de R$ 2 bilhões.
O PSI foi um programa público de
financiamento para máquinas e equipamentos que vigorou de 2009 a 2015.
Foi lançado para reduzir o impacto da crise financeira internacional e
mantido com o argumento de que impulsionaria os investimentos e o
crescimento do País.
Os empréstimos ficaram a cargo do BNDES. Como foi utilizado principalmente por grandes e médias empresas, os economistas o apelidaram de “bolsa empresário”, numa paródia ao Bolsa Família.
Um novo levantamento mostra que o PSI
beneficiou também o setor financeiro. Do total de R$ 359 bilhões
desembolsados no PSI, apenas 9% ocorreram em operações diretas, feitas
pelo próprio BNDES. Os demais 91% dos desembolsos foram por meio do que
se chama de operações indiretas, feitas pela rede de
Os empréstimos ficaram a cargo do BNDES. Como foi utilizado principalmente por grandes e médias empresas, os economistas o apelidaram de “bolsa empresário”, numa paródia ao Bolsa Família.
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