O líder do Democratas no Senado Federal Ronaldo Caiado (GO) criticou o tom usado pela presidente afastada Dilma Rousseff em carta aberta sobre o impeachment.
Em entrevista coletiva no Senado nesta terça-feira (16/08), o senador afirmou que o texto não condiz com o sentimento da população e é uma afronta aos poderes constituídos que julgam o processo em que Dilma responde por crime de responsabilidade.
"É uma carta que demonstra que ela está completamente desconectada da realidade brasileira. Ela trata do momento de crise que o país enfrenta como se não fosse ela a responsável por tudo isso. É também uma afronta ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal de Contas da União e ao Congresso Nacional que estão apenas exercendo suas funções", afirmou.
Caiado também defendeu o respeito ao rito constitucional que foi adotado durante todo o processo de impeachment e o amplo espaço dado à defesa que chegou a convocar 39 de 44 testemunhas em 120 dias de debates em comissão especial.
"Hora alguma foi negado o direito à defesa da presidente. Pelo contrário, tudo que foi colocado seguiu as regras previstas na Constituição e pelo rito do STF. A atitude dela é antidemocrática, algo semelhante ao que Maduro faz na Venezuela: tudo que tem que ser submetido a normas constitucionais, ela quer revogar", criticou.
Plebiscito
Ronaldo Caiado considerou a proposta de plebiscito apresentada por Dilma Rousseff como uma manobra oportunista. "Quando milhões de pessoas foram às ruas e clamaram por uma reação da presidente, ela se calou. Agora que é fato consumado o seu afastamento definitivo, ela vem com essa fase de mascarar seus crimes tentando criar um factoide", comentou.
Matéria: Assessoria Liderança Democratas Senado
Foto: Sidney Lins Jr
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