O Palácio do Planalto tem pressa para que o processo de impedimento da Presidente afastada Dilma Rousseff chegue logo ao fim.
Ontem, nos corredores do Senado, só se falava nisso. Por trás dessa manobra, estaria a intenção de blindar o Presidente em exercício de futuras investigações pela Lava Jato do envolvimento dele em operações escusas. A princípio, assim que a presidente seja considerada impedida, e todos os trâmites cumpridos, o atual presidente em exercício assumiria a presidência e estaria “ protegido” pelo cargo que passaria efetivamente a ocupar, o de Presidente da Nação, o que lhe conferiria imunidade, o que significa dizer que estaria imune, vacinado, blindado, protegido de ser investigado por supostos crimes cometidos. Poderia haver algo mais absurdo como o de eximir aquela autoridade que deveria ser um exemplo de seriedade e de confiabilidade estar dentro de uma bolha protetora a despeito da gravidade das suspeitas que pairam sobre sua cabeça?
Caberia sim a ele próprio se colocar à disposição do Juiz Moro para esclarecer quaisquer dúvidas que rondem sua vida pública e ou privada já que um indivíduo que pretende assumir a missão de ser um emissário do bem viver, aquele que irá conduzir os rumos de toda uma nação não tem o direito de ser um cidadão qualquer mas deve sim ser uma referência, um exemplo a ser seguido , não só pelas antigas gerações, mas principalmente pela atual e pelas futuras, pelos jovens, pela juventude, tão desolada, tão descrente de um futuro melhor, hoje, assombrados pela total desesperança de conseguir seu próprio sustento e o de sua família.
Até quando vamos presenciar este contra censo?
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