Por Fred Lima
Indicada em julho de 2015 pelo vice-governador, Renato Santana, para assumir o segundo cargo mais importante da Secretaria de Saúde, a médica Dra. Eliene Ancelmo Berg, então adjunta de Fábio Gondim, foi a contrapartida do governo por ter posto no cargo principal um gestor sem experiência no setor. Eliene faria o papel de interlocutora entre a SES/DF e a insaciável classe médica, que aprovou com ressalvas o seu nome. Os médicos queriam que o secretário titular fosse um deles, não um desconhecido que tentou sem êxito carreira política no estado do Maranhão.
Durante os sete meses seguintes, a secretária-adjunta foi apontada por alguns veículos da imprensa como a verdadeira chefe na pasta, com as bênçãos do vice-governador. Quando deixou a secretaria, Gondim se queixou aos mais próximos do comportamento de Eliene, que “mais atrapalhou que ajudou”, segundo pessoas que foram ouvidas pelo ex-secretário.
Ontem (15), uma fonte da alta cúpula do PSB-DF, que pediu anonimato, revelou ao Blogque, ao tomar conhecimento de que Eliene continua com poder excessivo na SES/DF, a ponto de sair nomeando quem quiser com o aval de Santana, o governador Rodrigo Rollemberg teria ficado muito irritado. Ainda de acordo com o pessebista, o motivo das nomeações seria o fato de o secretário Humberto Fonseca não entender muito sobre a área de Recursos Humanos. “Ele não domina o tema, e ela, sabendo disso, aparelhou a secretaria com pessoas de sua confiança. O governador está uma “arara”. Se fosse para apostar, diria que Eliene está com um pé na SES e outro fora. Ela deve ser exonerada em breve”, antecipou.
Outro lado
Por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, informou ao Blog “que as nomeações da SES/DF são de sua competência e que a Secretária-Adjunta, Eliene Berg, goza de sua confiança e que trabalham com harmonia e em estreita parceria na condução da equipe responsável pela administração da saúde do Distrito Federal”.
Da Redação
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