Brasília vive dias de corrupção novamente. Parece novela. E a cada
momento surgem novos capítulos de uma série de terror que assombra
parlamentares e toda sua trupe. O nome da cidade é cada vez mais
estremecido por conta de escândalos envolvendo o alto escalão político.
Já vimos esse cenário no Executivo e no Legislativo, com vídeos, áudios e
fotos, que corroem a imagem da capital brasileira. Uma mancha que
poderá levar décadas para ser recuperada.
Não adianta reclamar no sofá. Gritar no twitter. Soltar o verbo no snapchat e até fazer movimento no whatsApp.
É preciso voltar para às ruas e cobrar respeito e transparência com o
dinheiro público, pois a imagem de Brasília e a história construída pelo
visionário Juscelino Kubitschek, que hoje estaria envergonhado por tanta obstrução do nome da capital do país.
Mesmo com este cenário obscuro. É preciso ter fé e acreditar, em uma
Brasília propositiva e vista por outro ângulo. Afinal, engana-se quem
pensa que é só de corrupção que vive o quadrilátero do cerrado. Aqui,
temos quase 3 milhões de habitantes, divididos em 32 cidades e que
constroem suas histórias, longe do epicentro midiático e sem equilíbrio
que enxergamos na mídia.
São empreendedores, comerciantes, artistas e pessoas que muito além
da política, lutam cada dia pela sua história, sua vida e que necessitam
de serviços públicos de qualidade, pois pagam suas contas e merecem uma
excelência em gestão e atendimento público, pois se medirmos a
qualidade e compararmos com o elevado custo para manter uma casa com
serviços básicos.
Mas, longe dos holofotes, há brasilienses que constroem a Brasília do
João, da Maria, do Seu Gomes e assim por diante. Uma cidade de
produtores e de empreendedores, que ao longo dos mais de 50 anos puderam
coexistir e fazer desta cidade sua longa história de vida. Nós,
brasilienses, não podemos esmorecer por conta dos dias de sombra que
permeiam a nossa cidade. É preciso estufar o peito e ter fé em dias
melhores. Em representantes que façam jus ao voto que recebeu e
principalmente, a história política e cultural que é construída por nós,
que escolhemos e acolhemos essa cidade como nossa.
Eldo Gomes
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