Hamilton Silva: Economista e Blogueiro |
Passadas 48 horas após o primeiro turno das eleições municipais o eleitor brasileiro dá definitivamente mostras de um cansaço e de uma insatisfação com a classe política.
A campanha eleitoral municipal de 2016 começou numa terça-feira, 16 de agosto nas 5.568 cidades brasileiras, de lá para cá todos brasileiros com a exceção do Distrito Federal exercitaram de forma definitiva suas vontades.
Para as eleições de 2016, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), o número de eleitores no país, 144.088.912, cresceu 1% em relação
ao pleito de 2014, quando 142.467.862 brasileiros elegeram presidente,
governadores, senadores e deputados federais e estaduais. O aumento é de
4% sobre o colégio eleitoral de 138.544.348 pessoas que foi às urnas
para escolher prefeitos e vereadores em 2012.
Essas eleições de 2016 não começaram de maneira efetiva na data supracitada, muito pelo contrário começaram em 2013 com as manifestações dos "Black Bloc" que se estendeu por 2014 e vingou nas inúmeras manifestações contra o governo federal e a favor da operação Lava Jato em 2015 e 2016. Por aí já se passaram três anos. tempo mais que suficiente para cansar qualquer amante da política.
Mas não há sombra de dúvidas da necessidade de uma certa exaustão de participação até que se chegue ao ideal de democracia e a excelência do voto. Importante para todos essa causa e mais importante ainda o envolvimento e engajamento na busca pela verdade e encorajamento de novas figuras ou personagens, como queiram que estejam dispostos a enfrentar um mandato como missão.
A grandeza do povo brasileiro foi ressaltada pela quantidade dos votos válidos e pela quantidade de eleitores que se abstiveram. O presidente Temer foi assertivo mas tímido ao afirmar que foi "uma mensagem". O voto dado no último domingo foi a manifestação da vontade, mais que uma mensagem, em não querer os governantes que aqui administram e administravam em particular ao Partido dos Trabalhadores. Mas é muito cansativo ver que as siglas que irão assumir as prefeituras não tem nada de novo nem irão trazer grandes transformações sociais seja pelas amarras instituídas politicamente seja pelas amarras econômicas impostas pela crise econômica .
Sinais, mensagens atitudes foram tomadas. Partidos foram retirados do poder, criminosos estão presos e outros serão. Quanto mais evoluímos mais sujeiras encobertas são reveladas. Mas a evolução não passa prioritariamente na troca dos personagens, passa prioritariamente pela participação propositiva dos agentes publicos envolvidos com a fiscalização e controle do Sistema Político e Partidário. O primeiro teste foi feito: Novas regras reduziram financiamento mudando toda dinâmica da campanha desde seu inicio oficial.
O fato é que estamos todos cansados não havendo espaço para ressaca já que o segundo turno está aí. E já começamos as eleições de 2018. Haja fôlego, saco e disposição para tantos acordos idas e vindas para falta de originalidade de propostas e falta caráter e moral em muitos dos políticos.
De qualquer maneira está feito. Meus filhos e netos terão uma democracia mais madura e mais calejada.
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