A relação entre Brasil e Estados Unidos é pragmática e não há nenhum sinal de que ela vá mudar. A avaliação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que lembra que os Estados Unidos são o principal destino das exportações brasileiras. Atualmente, os EUA são o maior receptor de investimento brasileiro no exterior, em número de empresas, e o Brasil abriga, há várias décadas, as principais empresas americanas.
“As reações entre nossas economias e sociedade é muito forte e nenhum governo trabalhará pelo seu enfraquecimento. É preciso prestar mais atenção às ações do que ao discurso. Vamos aguardar a montagem do novo governo para termos uma bússola melhor sobre qual caminho os EUA tomarão”, avalia Robson Braga de Andrade.
Para a indústria, as prioridades continuam as mesmas. E a Confederação Nacional da Indústria (CNI) continuará dando prioridade à agenda com os Estados Unidos e trabalhará por meio do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, com sua contraparte americana, U.S. Chamber, para avançar na agenda de acordos entre os dois países (de comércio, de investimento e para evitar a dupla tributação) e promover investimentos bilaterais.
A CNI avalia, ainda, que um maior isolamento dos EUA é ruim para a economia mundial, o que inclui o Brasil. Os americanos são os principais patrocinadores políticos da globalização e do livre comércio. Sem a sua liderança, o protecionismo ganha força e a economia fica mais instável.
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