Hamilton Silva é jornalista, blogueiro e diretor da Associação Brasiliense dos Blogueiros de Política |
Não é novidade para ninguém que a corrupção se enraizou de tal maneira em nossos meios de produção e no sistema político. O grande dilema que o cidadão comum enfrenta nos próximos meses será o exercício de sua cidadania plena, ou seja, como facultar sua participação no jogo político sem cometer erros, ou na pior da hipóteses, corroborar com a promíscua e faminta “eleições gerais de 2018”?
A história recente
O governador do Distrito Federal à época ( último mandato-antes de Rollemberg)era Agnelo Queiroz (PT), que tentou a reeleição, tendo de enfrentar Luiz Pitiman (PSDB), Rodrigo Rollemberg (PSB), Toninho do PSOL (PSOL) e Perci Marrara (PCO), além do ex-governador cassado José Roberto Arruda (PR), que decidiu renunciar à candidatura e deixou em seu lugar Jofran Frejat (PR). Na eleição para senador, Reguffe (PDT) foi eleito para a sucessão de Gim Argello com 57,61%. Observe que, neste caso, o voto foi decisivo e contribuiu para que o senador Gim não se protegesse com um mandato, ao mesmo tempo que elegemos um senador honesto.
Com 55,56% dos votos válidos, o senador Rodrigo Rollemberg, do Partido Socialista Brasileiro, foi eleito governador do Distrito Federal, derrotando Jofran Frejat, do Partido da República (PR), obtendo 44,44% dos votos. Neste caso específico, desnecessário se falar das grandes frustrações com o desempenho do governador petista e que da escolha em continuarmos na "esquerda", fato que estava subtendido.
Explica-se esse resultado pelo fracasso da dita “direita pós Roriz” que, numa ganância sem limites, perdeu o mandato de forma traumática com a prisão de José Roberto Arruda,até hoje "enrolado" com a justiça, e dava fôlego ao conhecido "rouba mas faz".
Nomes em detrimento de projeto
A pergunta que mais se faz nos últimos dias é : "Quem virá nas próximas eleições?"
No fundo, o nome é o que menos importa, mas vamos lá: 01- Reguffe não é candidato; 02- Alírio Neto parece estar despontando; 03- Fraga ainda vai se enrolar mais (tem mais vídeos por aí); 04- Izalci enquanto continuar tucanando - em cima do muro- não decola (estão dizendo por aí que vai ser expulso do PSDB. Eu não acredito nisso, mas... 05- Jofran tem o tal recall a favor e uma rejeição pequena, precisamos verificar como vai reagir quando começarem os ataques da "esquerda raivosa". Rodrigo Rollemberg, se sair candidato, tem a favor a caneta que controla o Diário Oficial do DF.
O que temos em comum em todos os candidatos é a fragilidade do discurso sem substância, ou seja, sem projetos que definam um favorito.
Mas todos estão trabalhando; alguns nos bastidores e outros mais escancaradamente.
O caminho a percorrer: A difícil missão do eleitor do DF
Não parece fácil escolher um nome para votar ano que vem. Os nomes postos, até o momento, parecem tão frágeis quanto a nossa vontade de levantar da cama para votar, para sair de casa e ir na Zona.... Eleitoral......
Os desafios são inúmeros e grandiosos para aqueles que desejam contribuir para a melhoria da Capital. Só isso já seria o suficiente para que o dia da eleição fosse um dia muito especial, mas está se tornando num dia emblemático. Traduzir o que o eleitor deseja para a melhoria da cidade é fácil. Traduzir no porquê ou em quem o eleitor vota é outra coisa completamente diferente.
Nossas vidas são feitas de escolhas e aí vai minha dica para começar a escolher os nomes para ano que vem, já que não podemos discutir projetos:
PRIMEIRO: Não escolha nenhum desses nomes que esteja envolvido com escândalos e operações policiais;
SEGUNDO: NÃO ESCOLHA Ninguém que não tenha compromisso com a verdade ou minta. ( não podemos mais engolir políticos de araque, coronéis ou mágicos que fazem dinheiro sumir em cuecas, meias, mochilas e malas de rodinhas);
TERCEIRO: NÃO ESCOLHA quem não contribuiu em nada para melhoria de nossa cidade ou denegriu a imagem da cidade;
QUARTO: Procure saber de onde estão vindo os recursos do candidato, possivelmente essa candidatura está comprometida em dar "um retorno" para o investidor; E, FINALMENTE, pense que você está passando uma procuração para o seu representante que terá a liberdade de fazer por sua cidade o que você não pode fazer num sistema representativo que não permite a participação direta de todos os cidadãos. O seu eleito deve ter uma responsabilidade enorme, um comprometimento ético com o patrimônio público e principalmente conhecimento profundo dos problemas que atingem o Brasiliense e disposição para resolvê-los.
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