Desconstruir é moda. Construir com debate permanente e profundo é Quadrado e ultrapassado. Mas será que resultados são obtidos com um desleixo com as "coisas" públicas?
Nas duas últimas eleições -2010 e 2014 - como resultado de inúmeros processos judiciais e impedimentos dos candidatos leia-se em 2010 o Joaquim Roriz(PMDB- Impedido pelo famoso caso da Bezerra de Ouro, quem se lembra da estória?:"eu estava precisando de R$ 300.000,00 para comprar um bezerro! Como estava sem dinheiro, pedi ao Nene que me emprestasse o dinheiro. Nene me deu então um cheque de R$ 2.200.000,00. Daí descontei o cheque, paguei o bezerro, e devolvi o restante ao Nene, em dinheiro". ) Em 2014 com o registro barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, o ex-governador José Roberto Arruda decidiu então renunciar à candidatura ao governo do Distrito Federal pelo Partido da República (PR). o impedimento caiu sobre o ficha suja José Roberto Arruda do PR.
Nessas duas campanhas, ou seja, em oito anos, DEZ, ou mais fomos castrados de um debate extremamente indispensável, por parte dos candidatos, mais aprofundado que poderiam nortear soluções para os graves e até o momento insolúveis problemas estruturantes sociais e econômicos da capital.
Portanto, o debate de conteúdo já deveria ter começado. Infelizmente a legislação e o sistema eleitoral não permitem fazer a tal discussão com mais tempo. Todavia nunca se é tarde para começar. E por isso passo a compartilhar com você algumas reflexões sobre o possível
O que se espera do candidato?
Não precisa ser complicado e perfeitinho não, mas precisa ser Autoridade, 'Expert' sobre os principais temas que travam o desenvolvimento do Distrito Federal;
1°- Saúde, 2° Segurança Pública, 3° Mobilidade.
Que não esteja filiado a Partido manchado pela corrupção sob pena de se contaminar pela dinâmica contemporânea partidária;
Que seja ficha limpa;
Que honre seus compromissos sem contribuir para o aumento do passivo trabalhista de maneira que valorize o servidor público da administração direta e indireta sem demagogia e mentiras.
Não adianta forçar um discurso que desloca e desvincula a verdadeira e única vocação de Brasília. Administrativa. Não precisa estar diretamente atrelado aos sindicatos viciados nas disputas pelo poder, mas é importante conhecer todas as demandas dos servidores públicos que movimentam de forma definitiva a vida econômica da capital.
Articulador nato, e que tenha um trânsito por todos os meandros da política local, que se honre o prometido mas não esteja atrelado ao fisiologismo tradicional. É possível? Mentiras e promessas vazias não serão aceitas pelo eleitor mais atento.
O que não se espera de um candidato?
Estar envolvido ou citado em pelo menos um "esquema". Ser ficha limpa não é pré-requisito. É obrigação.
Ao ler que condenados pela justiça ainda influenciam a política local fico absurdamente chocado que ainda existe eleitores dispostos a fazer tamanho mal para nossa sociedade.
"O rouba mais faz" não tem espaço para uma soicedade honesta e que deseja excluir as mazelas da corrupção.
Comentários