Hoje estava vendo um programa de TV que abordava a questão dos milhares de venezuelanos que entram no Brasil todos os dias em busca de emprego, saúde e oportunidades.
Uma jovem falava do drama das famílias que saem do seu pais onde fazem uma refeição por dia e fogem de um país estraçalhado por um sistema que está levando o país ao caos.
Ela própria fugiu de seu país desde 2016 e hoje pinta quadros para seu sustento mas sonha em voltar a estudar engenharia só que no Brasil onde firmou residência.
No final, imagens desse povo sofrido jogado nas praças dos Estados vizinhos onde se amontoam ou se enfileiram para receber um prato de comida servido por voluntários brasileiros num mutirão do bem que já é nosso velho conhecido em casos como esses.
Nada contra os venezuelanos ou os sonhos da artista que sonha ser engenheira em nosso país.
Entretanto, temos que pensar em soluções mais permanentes e não apenas emergenciais. O problema migratório não se resolve com a proibição da entrada desses imigrantes ou construção de barreiras físicas, como muros ou coisa parecida mas com ações que visem de fato resolver o problema dos países que enfrentam crises institucionais e guerras. A solução definitiva não passa apenas por destinar recursos para estes Estados ou dividir com outros o mesmo problema, tampouco em vacinar os imigrantes que acabam por trazer na mochila além da suas dores doenças há tempos erradicadas de nosso pais. A solução passa por chamar os países vizinhos e irmãos a pensarmos juntos numa saída, a trazer para a mesa, além do prato de comida feito por voluntários, organismos internacionais que pensem como podem ajudar, além alertar aos governantes da Venezuela das consequências nefastas que o seu desgoverno está causando a todos os envolvidos.
Como diz minha mãe, não se cobre um santo descobrindo outro.
Que sejamos solidários com os haitianos, venezuelanos e outros imigrantes sofridos que buscam em nosso país uma oportunidade de recomeçar. Entretanto, que esta ajuda esteja atenta ao agravamento que isso pode ocasionar à nossa estrutura de saúde, segurança e trabalho já que se mal estamos atendendo os cidadãos brasileiros, como dar aos que não nasceram aqui as mesmas prerrogativas e oportunidades ?
Por: Walesca Borges
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