A recente Reforma Trabalhista provocou nos sindicatos um debate muito ruim para os que desejam dirigir e representar os trabalhadores, isso é fato. Trouxe para as assembleias um assunto complexo de ser tratado em momento de grave crise econômica e de conflitos de classe nunca vistos antes.
Para manutenção dos ditos sindicatos tradicionais houveram nos últimos vintes anos ou mais uma benevolente contribuição de aportes que proporcionou o enriquecimento de muitos sindicalistas e entidades. Não discuto se lícitos ou não, mas é fato que algumas categorias não puderam acompanhar a mesma "onda". Já outras, puderam de forma definitiva empoderar universalmente toda categoria.
O imposto deve sim existir, mas não incidir sobre aqueles que não desejam se filiar. A obrigatoriedade da "luta" deve ser dos representantes legais - o sindicato - todavia os que não desejam ou não podem ser filiar, por inúmeras razões, devem ser contemplados pelos Acordos Coletivos e outras ações sindicais com intuito de abraçar toda a categoria sob o risco de fechamento por falta de recursos. As secretarias de formação sindical e tesouraria terão muito trabalho no convencimento de necessidade de filiação.
A não obrigatoriedade torna o sindicato ainda mais forte em seu discurso da necessidade efetiva de todas a categoria. Cabe à entidade, promover, debater e convencer de que eles são tão necessários quanto importantes.
Hamilton Silva - Jornalista, economista e diretor de relações institucionais da Associação Brasiliense dos Blogueiros de Política
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