Chorei. Sim , me emocionei muito vendo o filme sobre o dilema do primeiro-ministro na condução das tropas inglesas e do destino de seu povo no embate contra os alemães na costa da Normandia. De temperamento explosivo e na maioria das vezes rude, Churchiil e sua história me lembrou muitos valores: dignidade, determinação, obstinação, foco, urgência nas decisões, mas o mais importante talvez tenha sido o amor que é construído ao longo dos anos de convivência e que suporta muitas avalanches, tormentas e bombardeios diários.
O convívio não era fácil para familiares, parceiros e opositores. Mas quanta beleza na personalidade controversa deste homem público, quantas lições para nosso povo às vésperas de uma mudança de rumos... se fizermos um paralelo, a escolha do novo líder deveria ser baseada na escolha de alguém que nos dê a mão na nossa luta contra ditadores, não aquele de bigodinho e suástica, mais contra muitos ditadores que tentam empurrar goela abaixo a deterioração da família, do respeito, da ordem, do dinheiro público, enfim, de valores universais que aprendemos com nossos pais e que nos validam e as nossas escolhas. Combate à inversão de valores que vivemos onde o certo é errado e o errado é certo. Oxalá nosso novo líder consiga resgatar a esperança de que há como colocar a nossa casa em ordem novamente.
Certo é que falta no nosso DNA a valentia dos que passaram pelos perrengues do velho mundo.... o patriotismo, o amor à bandeira e símbolos que nos lembram quem somos infelizmente estão hoje atrelados a malas de dinheiro, falcatruas, desvios, acordões e outras mutretas que assolam o nosso país de norte a sul. Entretanto, ainda há esperanças. Mesmo que jamais sejamos como os ingleses, que sejamos bons e persistentes o suficiente para não abandonarmos de vez o nosso país, cansado de tantos bombardeios.....
Por Walesca Borges
Veja o trailler oficial do filme
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