Tive a oportunidade de trabalhar na abertura do Fórum Mundial da água que acontece em Brasília e reúne parlamentares e autoridades do mundo inteiro. Vimos árabes, marroquinos, franceses, europeus, sul americanos , enfim, pessoas do mundo inteiro preocupadas com o maior tesouro do nosso século e que sua falta compromete a sobrevivência de nosso planeta: a água.
A água, assim como a saúde, segurança, educação e emprego, é um direito universal. Todos temos direito e não pode faltar.
Sem a água, não temos energia, sem energia, não temos todas as outras conquistas que vieram com ela e por isso a preocupação com as políticas “ verdes” como são chamadas as ações que visam a utilização racional da água para que não falte, principalmente para as camadas mais pobres da população.
Muita coisa se falou, entre elas a escassez das chuvas que compromete os níveis dos reservatórios, que deixam de gerar energia, que comprometem as barragens , que nos levam ao racionamento e por aí vai.
Mas de tudo o que se falou o mais importante é que de nada adianta que façamos individualmente a parte que nos cabe, ou seja, que reutilizemos as águas das chuvas, que passemos a usar 'baldinhos' ao invés de mangueiras para lavar os carros, que tomemos banhos menos demorados, que mudemos a nossa rotina de forma a valorizar a água como um bem finito, se não for uma ação conjunta de todos.
Ações isoladas será o mesmo que colocar cerca na sua casa achando que estará protegido de assaltos, ou que fazendo a sua dedetização as baratas e insetos não entrarão na sua casa. Apenas quando consideramos o terreno do vizinho a extensão da nossa casa estaremos de fato fazendo algo pelo nosso planeta. Como bem ficou demonstrado na logo do evento : a água de entorna das geleiras do ártico são as mesmas que banham as geleiras do sul do Antártico. Não nos enganemos mais.
Por: Walesca Borges especial para o Blog
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