Sem a habilidade inata de alguns seres humanos de conseguir encantar, persuadir, fascinar ou seduzir, Sérgio Moro também parece não ser contemplado pela origem etimológica, do termo carisma: do grego khárisma, que significa “graça” ou “favor”. As cenas de sua saída do Ministério da Justiça me submetem a uma viagem no tempo justamente à uma certa Ceia onde Judas se recolhe antes de todos à mesa. Judas não teve Graça muito menos favor. Isolado em seu apartamento em Curitiba no bairro Bacacheri, distante cerca de três quilômetros da sede da Justiça Federal. Um imóvel de 256 m² é mais que suficiente para que o cerebral ex-juiz construa sua estratégia até atingir o ápice. Nem dá para duvidar, afinal conseguiu quase tudo o que quis. Menos o cargo tão sonhado na Suprema corte. As postagens no dia do amigo e outras de solidariedade a mortos por causa do Covid-19 fazem as vezes de blogueiro e lacrador. O derretimento pós saída do ministério não sinaliza para uma derr