Pular para o conteúdo principal

Nós, do Distrito Federal, devemos ficar preocupados com a possibilidade de uma catástrofe como a que ocorreu no Rio Grande do Sul?

A princípio, não há motivos para preocupação com catástrofes climáticas no DF, já que o Lago Paranoá não mostrou sinais de que possa invadir casas ou ruas na capital.

No entanto, minha preocupação não está relacionada a eventos climáticos ou naturais.

Explico: logo após a tragédia das inundações no Rio Grande do Sul, o governo federal, em questão de uma semana, criou um novo ministério e "homologou" a pré-candidatura de Paulo Pimenta ao governo daquele estado. É impressionante como as coisas se encaixam na política.

No DF, o ex-governador Rodrigo Rollemberg contratou o Instituto Cobral Coral para fazer chover na capital durante a maior crise de escassez de água da região. A seca e a falta de planejamento, juntamente com o famigerado rodízio de água potável, escandalizaram o Brasil. No entanto, o dinheiro gasto por Rollemberg foi desperdiçado, pois não choveu naquele período. Em dias alternados, havia água nas torneiras do Lago Norte e Asa Norte, e no outro dia, na Asa Sul e adjacências. Tempos tristes que não podem voltar.

Escrevo isso para alertar que esses políticos, que governaram o DF, são especialistas em criar tragédias. Estão ensaiando um cenário de "quanto pior, melhor" na capital. Diariamente, vemos parlamentares de oposição insuflando e até incentivando um quadro caótico nos vários serviços públicos.

Um dia, a crise é na saúde; outro dia, na mobilidade. Toda semana, eles promovem o proselitismo ideológico. Vale lembrar que parte dos problemas é causada pela má gestão do governo federal, especialmente na área da saúde. Visite qualquer hospital do país e verá a mesma situação que temos aqui.

Devemos estar atentos aos discursos desses políticos que governaram Brasília na última década e deixaram nossa cidade em ruínas, com desmandos, ingerência, incompetência e corrupção.

Se tiverem a chance, eles certamente criarão uma tragédia para tomar o poder no DF, seja através de uma seca premeditada, seja nomeando um interventor (o que já fizeram, aliás).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTAS FISCAIS DA NET PUB TEM CARIMBOS DIFERENTES EM OUTROS GABINETES

Filipe Nogueira Coimbra, ex-servidor do gabinete da deputada Sandra Faraj e proprietário da NetPub, nega que tenha atestado o recebimento na última nota fiscal, que emitiu durante contrato de prestação de serviços com a parlamentar. Segundo ele, o carimbo não confere com o modelo utilizado pela empresa, nem mesmo a assinatura. Mas documentos similares, aos quais o blog teve acesso, mostram que a prática é comum entre seus clientes. Um deles foi emitido em janeiro deste ano, a um deputado federal de São Paulo, observem que a assinatura é bem diferente daquelas que Filipe aponta como original e,  carimbo utilizado apenas o ateste de PAGO. Filipe precisa esclarecer também porque trabalhou por quase dois anos no gabinete da parlamentar e só agora, após a exoneração, tirou da gaveta a suposta cobrança dos valores. A ligação de Filipe e o ex-chefe de gabinete, Manoel Carneiro, também deve ser desvendada, ainda mais agora depois que o Correio Braziliense revelou vídeo que flagrou

ECONOMIA E A LEI DA ESCASSEZ

Introdução Em Economia tudo se resume a uma restrição quase que física - a lei da escassez, isto é, produzir o máximo de bens e serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse de fato produzida. Nem importaria que os recursos disponíveis: trabalho, terra e capital (este deve ser entendido como máquinas, edifícios, matérias-primas etc.) fossem combinados irracionalmente para produção de bens. Não havendo o problema da escassez, não faz sentido se falar em desperdício ou em uso irracional dos recursos e na realidade só existiriam os "bens livres". Bastaria fazer um pedido e, pronto, um carro apareceria de graça. Na realidade, ocorre que a escassez dos recursos disponíveis acaba por gerar a escassez dos bens - chamados "bens econômicos". Por exemplo: as 

Monopólio Artificial e Monopólio Natural, você sabe qual a diferença?

Hamilton Silva é jornalista e economista O monopólio natural  Um monopólio pode ser natural ou artificial.  No primeiro caso, o monopólio é consequência de que é o monopolista que melhor oferta o valor – um bem ou serviço – naquele contexto. O monopólio natural não conta com nenhuma barreira protetora ou privilégio; é simplesmente a melhor das possibilidades disponíveis no momento. Isto é, dadas às circunstâncias, qualquer um pode tentar competir diretamente com o monopolista, mas enquanto não ocorre isso é ele quem melhor satisfaz as necessidades dos consumidores, dadas as alternativas.  Se certo cirurgião é o único cirurgião no mundo que realiza o transplante de um determinado órgão vital, ele detém o monopólio desta habilidade. Do mesmo modo, outros valores cuja oferta é naturalmente restrita são monopólios naturais.  Se um monopólio natural traz ao monopolista benefícios especialmente grandes, estes benefícios chamarão a atenção da sociedade, que canaliza